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terça-feira, 14 de junho de 2011

Olavo Bilac

Eu gosto muito de ler, e a literatura brasileira é muito rica, mas um poeta que me encanta muito é o Olavo Bilac, os seu poemas são envolventes!

Biografia:
O poeta parnasiano Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, nasceu no dia 16 de Janeiro de 1865, no Rio de Janeiro. Estudou Medicina e Direito, mas não concluiu nenhum dos dois cursos. Foi jornalista, funcionário público e inspetor escolar. Olavo Bilac foi um autêntico profissional das letras. Além de poemas líricos, escreveu crônicas, livros didáticos, textos publicitários, traduziu e escreveu versos infantis, organizou antologias escolares e deixou fama como autor humorístico. Sob o disfarce de mais de cinqüenta pseudônimos, colaborou intensamente na imprensa da época, com textos que fizeram rir ou esbravejar muita gente... Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, na cadeira 15, cujo patrono é Gonçalves Dias e é autor da letra do Hino à Bandeira e foi eleito “Príncipe dos poetas brasileiros” por seus contemporâneos. Foi um dos poetas mais combatidos pelos modernistas. Além de parnasiano, sua obra apresenta tonalidades românticas. Sua poesia amorosa e sensual expressa-se em versos vibrantes, plenos de emoção. Em sua última fase, Olavo Bilac revela-se mais interiorizado, questionando o sentido da vida e do mundo. No livro Alma inquieta, surgem poemas em que predomina o tom meditativo e melancólico, que será a tônica de seu último livro, Tarde, no qual é constante a preocupação com a morte e o sentido da vida. Ficou noivo de Amélia, irmã de Alberto de Oliveira, mas por imposição da família de Amélia, foi obrigado a romper o noivado e ficou solteiro até o fim da vida. Morreu aos 53 anos, no dia 28 de Dezembro de 1918, no Rio de Janeiro. Algumas de suas principais obras foram: Poesia (1888), dividida em “Panóplias”, “Sarças de fogo”, “Via Láctea” e a poesia infantil “Tarde”.

Depois de toda essa informação, aqui vai uma das poesias que eu mais gosto de autoria dele!

Delírio

Nua, mas para o amor não cabe o pejo
Na minha a sua boca eu comprimia.
E, em frêmitos carnais, ela dizia:
- Mais abaixo, meu bem, quero o teu beijo! 
 
Na inconsciência bruta do meu desejo
Fremente, a minha boca obedecia,
E os seus seios, tão rígidos mordia,
Fazendo-a arrepiar em doce arpejo.

Em suspiros de gozos infinitos
Disse-me ela, ainda quase em grito:
- Mais abaixo, meu bem! – num frenesi.

No seu ventre pousei a minha boca,
- Mais abaixo, meu bem! – disse ela, louca,
Moralistas, perdoai! Obedeci…
(Olavo Bilac)


Espero que tenham se deliciado com essa linda poesia! Instigante, não é?

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